segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DAR AS MÃOS AO VENTO

um dia você vai acordar e sem precisar abrir os olhos vai
perceber
que.
ela sempre soube o mais que você é.
ela ouviu você.
um dia, que pode ser sexta, segunda ou dia 18,
você vai ver que nunca precisaria ter tido medo daquilo que
estava em você.
que as coisas passam, as pessoas, os trens, os trens, os
trens passam e
ninguém precisa parar aonde pode mudar.
porque existe na vida o que nos cabe e o que nos foge,
cuidemos dos amores frágeis, do conforto dos amigos, das
horas à toa.
a leveza em nossos dias é artigo de luxo. aqui não cabe o
despertar espreguiçado
sem hora pra levantar.
parece que é sempre ontem e alguma coisa muito importante
já deveria ter sido feita.

a única coisa que realmente importa é colocar um pé depois
do outro, é reivindicar quando dói
e agradecer ao acordar.

(uma delicadeza da prima...)

Nenhum comentário: