quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Maraca

Só porque tenho por ela um apreço imenso,

ela me esnoba, me esnoba, me esnoba...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Máxima do Dia

"Anyone who says he can see through women is missing a lot."

Groucho Marx

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

dançar é a melhor solução



Quando tudo mais me cansa,
respiro, me estico e obedeço
ao meu corpo que pede dança!
(ontem no Club Antonieta)
fotos de Candy Saavedra

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ricardo

Saudades suas irmão...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

E passando pela coxia...


...tive esta bela visão. E registrei.


(Tatih Kohler em Beatles Num Céu de Diamantes)


Antes da coxia:


terça-feira, 4 de novembro de 2008

não queria foto de jeito nenhum

e acabou levando o prêmio da melhor foto da noite

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Honoré de...


Essa menina de verde!!

A da esquerda mesmo.
A mais nova da turma.
Nasceu em ' 78,
Marcelo também.

Hoje uma mulher.
Daquelas de responsa.
Traduzo nada... eu?
Entenda você.
Amanhã faz 30.
Questão real dela?
- Nenhuma.
"Natália eres bird..."

Voa garota.
Ninho só aparece
Quando as condições
Do galho são favoráveis.
Pergunta pra Lu
ou beija-flor
daquela garagem.
Eles confirmam.
Boa noite
e feliz aniversário!
TE AMO

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

VAMOS?


anjinho ou diabinho?

Fico sempre na dúvida em relação a esta frase...
Meu lado perua
adora e faz jus a cada letrinha acima.
Se é pra investir, que seja o melhor e mais caro.
Se o barato sai caro,
a máxima não vale na sua inversão.
Meu lado prático
(provavelmente herdado do meu pai),
se contenta muito facilmente
com a simplicidade no cotidiano.
Esta noite me defino como uma perua prática.
Amanhã de manhã não me defino.
Aliás, nunca me defino pela manhã.
Tenho o dia inteiro pra elaborar
e chegar a uma conclusão muito momentânea
na hora em que todos os gatos desta casa
se tornam pardos...

domingo, 26 de outubro de 2008

Quando tudo mais dá errado numa noite...

...a gente guarda a viola no saco,

volta pra casa,

respira fundo,

engole a raiva,

edita fotos,

come um miojo,

lembra da gummibearchen na geladeira

e faz fotos pra lembrar

que esses carinhas coloridos

jazem felizes no meu estômago!


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

BOMB WOMAN


Lu Pessanha e eu ontem
rodando pelo JB e BG...
Ela grafitando bombas!
Eu fotografando!
Diversão
garantida
para uma
quinta à noite.


Lacoste?

Tem coisas que só os chineses fazem por vc...

foto: Sanny Bertoldo

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

that simple

FUNJ
OBAN
DART

domingo, 19 de outubro de 2008

olha o passarinho!!!





coisa mais linda

ninho de beija-flor

parece um doce


fotos: Lu Pesanha (uma pequena árvore numa garagem do Jardim Botânico)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Além de tudo e de todos,,,


,,, o meu eterno xodó, Bruno.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ramsés

Paixão da minha vida.
Vai explicar...





"Porque toda mulher...

...merece todo e qualquer conforto,

em qualquer um destes 3 níveis:"



E isso aqui tb:

http://www.monicareis.com/Cut%20fabric%20II.html

OBRIGADA SENHOR






DESDE QUE O SENHOR

SEJA PORTEIRO E CERTEIRO,

(MAIS QUE QQ ROBIN HOOD),,,


E QUE TENHA UMA VAGA NOÇÃO

DA MÉTRICA DA VIDA,,,


A QUAL DEVERÍAMOS

SAUDAR EM PRIMEIRO LUGAR,,,


EM TODO

E QUALQUER

BRINDE!!!




Funcionam na minha mente como ar: Paulo de Ogum, Jack Motta, Natália Lage, Sanny Bertoldo, Rodrigo Penna, Alexandre Mendonça, Fábio Tubenchlak, Luciana Pessanha, Marcela e Bruno Levi (da tribo dos Levitas), Juliana Tibau, Uirandê Holanda, Sandro Chaim, Patrícia Niedermeier, Fran Fillon, Júlia Cárdenas, Camilla Lott, Ângela Garcia, Sula e Mario, Teutos,,, pessoas que nos últimos tempos têm me feito ouvir as suas verdades e mentiras - sem qualquer distinção de moral entre as partes.

Obrigada senhoras e senhores...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Mesmo quando tudo pede



Um pouco mais de calma


Freela da semana:
acompanhar diariamente
a orquestra sinfônica da Petrobrás
gravando um CD em
homenagem a Pixinguinha.
Tardes incríveis e música de primeira.

delícia de dupla


Dani e Raul.
Queridos amigos das antigas...
Dr. Smith? Era fichinha...
Bom tê-los de volta.
"Amo-lhes"

Ernest Hemingway


"Courage is grace under pressure."

Diversão, Trabalho e Arte!






PS: fotos minhas, da Gilda e da Natália
(no tal do Bailinho, a/de propósito)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Oldies

No momento "arrumando a bagunça que ficou",
me deparei com muitas caixas, pastas, cadernos,
bloquinhos, folhas soltas, fotos, negativos, slides,,,
e apareceram umas frases soltas que eu mesma
havia esquecido de um dia sequer ter criado:

",,,da noite se faz um cafezinho que não me deixa manhã."

",,,pega maçã na memória da coisa em silêncio?"

",,,seu passo branco chega leve sem muita pensa."

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SKA - pra dançar na sala de casa

"You´re wondering now"

(The Skatalites - 1st wave/ The Specials - 2nd wave)

dos opostos que se atraem II


(acrílica sobre tela)
Obra do meu querido amigo Raul Leal.
Em breve
numa parede próxima a mim...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Manoel de Barros

Melhor jeito que achei
para me conhecer
foi fazendo o contrário.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Fauzi Arap

Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso,
porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você.
Ao fim de tudo você permanece comigo,
mas preso ao que eu criei...
E não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira,
um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome.
Eu tenho.
Você é um rosto na multidão
e eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou
é a mentira da aparência que você é.
Porque eu não sou o meu nome
e você não é ninguém.
O jogo perigoso que pratico aqui,
ele busca chegar ao limite possível de aproximação,
através da aceitação, da distância
e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa.
E eu quero que me veja a mim.
Eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada te denuncia e te espelha.
Eu me delato.
Tu me relatas.
Eu nos acuso.
E confesso por nós.
Assim, me livro das palavras...
Com as quais você me veste.

(texto de Fauzi Arap para Maria Bethânia recitar durante um show,,, uma resposta à imprensa pelas críticas que ela recebia na época)

http://www.youtube.com/watch?v=BDcFa16ZisY&mode=related&search=

Ups & Downs

(ou qdo se volta à estaca zero/repars à zero)


Vela leva a seta tesa
Rema na maré
Rima mira a terça certa
E zera a reza

Zera a reza, meu amor
Canta o pagode do nosso viver
Que a gente pode entre dor e prazer
Pagar pra ver o que pode
E o que não pode ser
A pureza desse amor
Espalha espelhos pelo carnaval
E cada cara e corpo é desigual
Sabe o que é bom e o que é mau
Chão é céu
E é seu e meu
E eu sou quem não morre nunca

Vela leva a seta tesa
Rema na maré
Rima mira a terça certa
E zera a reza

pois é,,,

Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu prá você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões, todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar (não adianta não)
Nem ficar tão apaixonada, que nada
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

mundinho paralelo


2

You can haunt any house by yourself
Be a man or a mouse by yourself
You can act like a king on a throne
There are lots of things that you can do alone

But it takes two to tango two to tango
Two to really get the feeling of romance
Two to tango two to tango do the dance of love

You can sail on a ship by yourself
Take a nap or nip by yourself
You can get into debt on your own
There are lots of things that you can do alone

But it takes …………..

You can get very old by yourself
Catch a fish or a cold by yourself
Dig a ditch or strike it rich all by yourself
There are lots of things that you can do alone

But it takes ……

You can fight like a champ by yourself
You can lick any stamp by yourself
You can be very brave on the "i-phone"
There are lots of things that you can do alone

But it takes …………….

It Takes two, I say two
Darling it always takes two
I’m with you

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Quiet nights of quiet stars

Não preciso te ver pra ter qualquer certeza.

Ponto.

Eu sozinha, no dia a dia, muito penso e sinto.
E sinto que cada segundo não foi em vão.
Nunca.

"7 anos" não traduz uma relação temporária.
É e foi uma relação que deu mais que certo.
Dá pra duvidar? Não consigo. Nem tento.

Por mais que tenham existido adversidades,
é um tempo significativo,
que levo mais do que em consideração!
Te amo mais hoje do que quando te conheci.

Te amo hoje e sempre.
Tenho pequenas certezas, sim, na vida.
Embora os meus discursos as omitam.
Você é uma delas.

Nossos olhares despediam as palavras.
Sem aviso prévio.

Muita coisa não foi dita,
porque nem precisava.

O que precisava,
foi conversado.
Conversamos muito,
muito, muito...

Sinto falta do nosso papo.
Mas um dia retomaremos isso
sem essa dor que ronda o momento.

Cresci em 7 anos o que não cresci em 27.
Sei que vc também.
Não foi em vão.
Entenda isso sem precisar me ver...

"Vamos juntas nessa estrada
que leva nenhuma dor."

Da minha vida vc não sai.

Entra de outra forma,
em outro momento.
Que espero, seja em breve.

Que seja leve.
Que seja digno e nosso.
Individual,
duplo,
separado
e intransferível...

te amo

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DAR AS MÃOS AO VENTO

um dia você vai acordar e sem precisar abrir os olhos vai
perceber
que.
ela sempre soube o mais que você é.
ela ouviu você.
um dia, que pode ser sexta, segunda ou dia 18,
você vai ver que nunca precisaria ter tido medo daquilo que
estava em você.
que as coisas passam, as pessoas, os trens, os trens, os
trens passam e
ninguém precisa parar aonde pode mudar.
porque existe na vida o que nos cabe e o que nos foge,
cuidemos dos amores frágeis, do conforto dos amigos, das
horas à toa.
a leveza em nossos dias é artigo de luxo. aqui não cabe o
despertar espreguiçado
sem hora pra levantar.
parece que é sempre ontem e alguma coisa muito importante
já deveria ter sido feita.

a única coisa que realmente importa é colocar um pé depois
do outro, é reivindicar quando dói
e agradecer ao acordar.

(uma delicadeza da prima...)

sábado, 20 de setembro de 2008

A tempo:



Não dá,

não há,

e vão é o ar

que atravesso.


Embora claras sejam todas as minhas sensações...


Não fui,

nem disse.

Tanto é o mar

que velejo.


(Pablita Gonzales)

sobre meninos e meninas

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina

Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina

Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina

E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Primavera

V

De que valeria a brandura
se ela não fosse capaz,
inefável e com ternura,
de nos amedrontar?

Ela tanto transcende
toda a violência
que, quando ela avança,
ninguém se defende.

(Rainer Maria Rilke)

Galáxias



que no fim eu reverto
que no fim eu conserto
e para o fim me reservo
e se verá que estou certo
e se verá que tem jeito
e se verá que está feito
que pelo torto fiz direito
que quem faz cesto faz cento
se não guio não lamento
pois o mestre que me ensinou
já não dá ensinamento

(Haroldo de Campos)

inter-dito

(e tb chega de Caetano neste blog...)

talking heads

(nothing)
(but)
(flowers)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

você

O seu olhar lá fora
O seu olhar no céu
O seu olhar demora
O seu olhar no meu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
Onde a brasa mora
E devora o breu
Como a chuva molha
O que se escondeu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
O seu olhar agora
O seu olhar nasceu
O seu olhar me olha
O seu olhar é seu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

que dupla

Um luxo.

Vai saber?

Não vá pensando que determinou

Sobre o que só o amor pode saber

Só porque disse que não me quer

Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor

É que ele gosta muito de mudar

E pode aparecer onde ninguém ousaria supor



Só porque disse que de mim não pode gostar

Não quer dizer que não tenha do que duvidar

Pensando bem, pode mesmo

Chegar a se arrepender

E pode ser então que seja tarde demais

Vai saber?



(Adriana Calcanhotto)

ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ.

DE ARIANA PARA DIONÍSIO

É bom que seja assim, Dionisio, que não venhas.
Voz e vento apenas
Das coisas do lá fora

E sozinha supor
Que se estivesses dentro

Essa voz importante e esse vento
Das ramagens de fora

Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.

(Hilda Hilst)

o amor acaba

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

(Paulo Mendes Campos)

para Daflin, prima querida

domingo, 14 de setembro de 2008

Gênese da personagem

Quando eu vim pra cá, minha intenção era falar com Antônio. Que Antônio me ouvisse. Mesmo sabendo que Antônio não fosse muito afeito aos assuntos de internet, embora adorasse conversas cifradas. Pensava que talvez descuidado, procurando alguma personagem de romance de cavalaria, na enciclopédia de caráter duvidoso google, pudesse chegar até aqui. Nunca tive notícias. Talvez ele já tenha passado por acaso por aqui, sem se deter. Talvez nunca passe. Imponderáveis...
Para o bem da verdade, só conhecia mesmo aqui a Lara, a Sofia e a Graça. Lara me divertia com suas imagens aleatórias, não queria impressionar ninguém e por isso mesmo, surpreendia. Acho que Lara nem tinha tantos amigos assim, por aqui. Vinha por vir. Para estar. Há tempos não a vejo aqui, acho que foi viajar. Um dia ela volta.
Sofia trabalha aqui, vem todo dia, e como não nos vemos com freqüência, apesar de nos gostarmos muito, aqui podemos dizer - como está tudo? Sofia é romântica e sempre traz poemas e auto-retratos. É bom vê-la e ouvir o que anda lendo-sentindo.
Antes de eu chegar, todos já estavam. Graça também vinha trabalhar e contar as novidades de sua empreitada laboriosa, mas gratificante. Graça não responde os recados. Fala quando quer e quando quer fala com amor. Graça merece ser feliz. Por isso eu torço.
Soube também que Pedro andava por essas bandas, talvez porque quisesse conversar com Liz ( Liz sabe das coisas, em profundo e secreto-místico), talvez Pedro não quisesse só falar com Liz, mas com outros que não conheço. Nunca tive coragem de me apresentar, embora sejamos amigos fora daqui. Os sentimentos de Pedro são radicais. Gosto dele.
Aos poucos fui tentando convencer outras pessoas a virem pra cá comungar comigo. Falhei nas duas tentativas. Ana, que está já bem acomodada em outro sítio, muito bonito por sinal, veio, vestiu uns óculos de sol e nunca mais voltou. Mariana também, uma vez tendo dado as caras, deixou um por-do-sol vagando nesse universo e simplesmente esqueceu a senha para voltar.
Thiago e Daniel foram uma surpresa boa de encontro. Aparecem esporadicamente, falam comigo. Pensamos parecido, estamos na resistência. Por aqui, sei que estão trilhando seu caminho e torço. Gosto de torcer por quem eu gosto.
Eu não sei desde quando Gabriel e Luana estão. Um dia quando eu ainda era outra, Gabriel falou gentilmente comigo e eu respondi, acredito que começou ali uma espécie de amizade. Foi quando de repente, já não compreendia o que ele falava, o que ninguém falava. Estive bem doente, fui-me embora, perdi aquele nome, aquele lugar. Daí, vim ser esta e uma vez aqui novamente, pude ver Luana ao longe, a namorada muito bonita de Gabriel, que parece ser uma moça forte e sensível. Mas o que aconteceu é que comecei a falar sozinha e algumas vezes, pensava que Gabriel pensava que eu estava falando com ele. Eu não estava. Estava falando com Antônio, com a possibilidade de Antônio me ouvir. Tudo ficou confuso.
Não sei porque ainda estou aqui. Sou aquela que sabe bem poucas coisas nessa vida. Sei que gosto de vir, de ver as pessoas, de ser para poucos. Se alguma imagem que escolho ou frase que penso ou copio puder tocar em alguém será bom. Ou então, que eu possa ao menos lapidar meu diálogo comigo mesma.
Hoje não sei mais, se gostaria de saber, caso Antônio acidentalmente passasse por aqui. Hoje não sei mais o nome de Antônio, seu rosto, desconheço. Não sei nem ao menos, se ainda falo com Antônio ou se Antônio se transformou em mim. Se fiz dele uma coisa minha sem correspondência com a realidade. Antônio é uma voz que soa ao longe, mas que não dói mais. Sua voz eu lembro, mas por aqui, as vozes nunca chegam.

(texto de uma amiga, que prefere ficar anônima, a respeito das relações e coexistências virtuais)

ps: e ela me disse que a Lara sou eu, lá no fotolog...

sábado, 13 de setembro de 2008

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

not yet

Torquato Neto

Você me chama

Eu quero ir pro cinema

Você reclama

Meu coração não contenta

Você me ama

Mas de repente

A madrugada mudou

E certamente

Aquele trem já passou

Se passou, passou

Daqui pra melhor

Foi!...

Só quero saber

Do que pode dar certo

Não tenho tempo a perder

Só quero saber

Do que pode dar certo

Não tenho tempo a perder...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Os tais signos amorosos...

"É possível que a amizade se nutra de observação e de conversa, mas o amor nasce e se alimenta de interpretação silenciosa. O ser amado aparece como um signo, uma "alma": exprime um mundo possível, desconhecido de nós. O amado implica, envolve, aprisiona um mundo, que é preciso decifrar, isto é, interpretar. Trata-se mesmo de uma pluralidade de mundos; o pluralismo do amor não diz respeito apenas à multiplicidade dos seres amados, mas também à multiplicidade das almas ou dos mundos contidos em cada um deles. Amar é procurar explicar, desenvolver esses mundos desconhecidos que permanecem envolvidos no amado. É por essa razão que é tão comum nos apaixonarmos por mulheres que não são do nosso "mundo" (...)"

(Deleuze, sobre os signos amorosos de Proust)

Bruta Flor




"(...)

Mas a vida é real de de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

(...)

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo-te aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim."
(Caetano)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sem palavras...





...já foram todas pronunciadas em cima do palco esta noite.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

tempotempotempotempotempo

uma puta descrição musical...

...com um puta ator pra encenar: F. Murray Abraham...

(Amadeus, de Peter Shaffer, direção de Milos Forman)

sábado, 6 de setembro de 2008

misses & kisses

O que é o amor senão tudo?
Um simples resultado?
Vários sentimentos agregados?
O que é o tesão senão mudo?
Não se explica,,,
as sensações que o corpo indica.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Realidade Fantástica


(ou como tudo pode ser coisa da nossa cabeça...)

eRoS e PSiQuê

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra a hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

(e chega de Fernando Pessoa nesse blog...)


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

The Flower Duet

(Lakmé - Léo Delibes)

Love It

Versão melhor que a original... e muito.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

A melhor descoberta da noite:

"Quando vc começa a analisar o conjunto é porque faltou unidade..."

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

meu perfil - por Bernardo Soares...

"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como uma criança inoportuna; em desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre; fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas de seus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei (...)."

(lendo isso, achei o meu perfil um rascunho quase bem feito)

Desassossego, 154

"Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha.

O meu coração esvazia-se sem querer, como um balde roto. Pensar? Sentir? Como tudo cansa se é uma coisa definida!

"Todo o Som Bom..." (PARTE II)


...tem a interpretação trash que merece.
(Fontella Bass - Rescue Me - coreografia: dançarina e húngara absolutamente desconhecida... é de chorar de rir!)

"Todo o Som Bom..." (PARTE I)

...tem o clip trash que merece.

(Tetine - Let the X be X)

pura coincidência?

Son of a preacher man
Sonho meu
Sorte

Ou quando a coincidência
tem uma mentira
ou verdade escondida
e atende sob o nome de
ordem alfabética no i-pod...
rsrsrs descobri hoje qdo liguei,
sóbria, o som no carro!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Balada:roubadinhadedrugaddicteds

"O amor"

Cansei...
Balada hoje em dia é sinonimo
de muita coisa que já havia abandonado na adolescência!!!
Muita boca perto, sem nenhum sentido.
Homens, mulheres, mas nenhum par...
Nonsense é muito bom, mas pra discutir na lucidez, prefiro.
Cansei demais!
Não tô velha, mas a vida urge.
Não tenho tempo a perder.
Fecho com a estimada e queridíssima Fran:
"The only one who could ever reach me:
was a sweet talking son of a Preacher Man."

A noite se fechou no "shuffle" do i-pod,
que trouxe a sequência desvairada:
"Sonho Meu" e "Sorte".
Ambas trazendo Gal Costa
em parceria com Bethânia e Caetano,
por pura coincidência.

Guten Nacht!
Fais Gaffe!



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"E a manhã nasceu azul...

...Como é bom poder tocar um instrumento."

terça-feira, 19 de agosto de 2008

desce

Paul Newman!


desce do trono, rainha


desce do seu pedestal


de que te vale a riqueza sozinha,


enquanto é carnaval?





desce do sono, princesa


deixa o seu cetro rolar


de que adianta haver tanta beleza


se não se pode tocar?





hoje você vai ser minha


desce do cartão postal


não é o altar que te faz mais divina


deus também desce do céu





desce das suas alturas


desce da nuvem,


meu bem


porque não deixa de tanta frescura


e vem para a rua também?


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Elle Est Là

Qu’est ce que tu viens faire ici
Elle dit : je dois te montrer quelque chose.

Je suis fou oowoowoow yeah !

Tu es la plus belle
Tu es belle
Tu es belle

Je suis fou oowoowoow yeah !

Voici une surprise
Spécialement pour toi
Spécialement pour toi

Je suis fou oowoowoow yeah !

Qu’est-ce que tu penses
Tu reviens encore
Encore une fois

Je suis fou oowoowoow yeah !

Elle est la
elle est la

(Vive La Fête) >>> música indicada em um duelo pelo Tiago <<<

Freak To Meet You...


...Both!

Hope You Guess My Name.

A trilha...

"O Leão da Montanha" ou "Saída pela direita"









instalação aquática





Luna ou Glenda ou Búffla


Tiago, duelo de i-pod muito bem praticado durante 2h...





Cris e Beta - tinha que ser mesmo!


?!










Samantha e Ricas






Camilla e a tatoo



sossego







"Angela Pia Automatic"




Mari





Camilla dando o start na tarde




Ângela e o mui bem batizado "drink-girafa"




slow-motion




zoom in & out



O melhor do finde: narguilé com fumo de maçã!



lua cheia de sábado



Obrigada seu moço!